Dacar. Etapa 6 Ha'il - Riad

Dakar. Etapa 6 Ha'il - Riyadh

A noite passada foi congelante, ainda mais por termos dormido numa barraca, o que fez com que, apesar de termos acordado cedo, subíssemos no caminhão ansiosos para fugir do frio.

Após 177 km de deslocamento, incluindo uma parada completa para reabastecimento, iniciamos a etapa em uma pista de areia, porém rápida, viajando por um bom tempo no limite de velocidade de 140 km/h para caminhões. Como os SSVs, pequenos buggies, têm velocidade limitada a 130 km/h, ultrapassamos alguns antes de entrar nas dunas. Hoje já percorremos toda a etapa em areia, longas planícies e vales arenosos, pontilhados por fileiras de dunas. Atravessamos uma série de dunas com alguns quilômetros de extensão e pegamos trilhas rápidas de areia ao longo da planície, que é sempre plana porque é cheia de ondulações e declives, assim como trilhas usadas pela população local. Albert navegava pelas dunas com facilidade e habilidade, em bom ritmo, sem nunca ficar preso e sempre procurando o lugar mais fácil e rápido para evitar riscos.

Por volta dos 200 quilômetros do trecho seletivo, tivemos um furo no pneu traseiro direito, o que não levou mais que 12 minutos. Estamos aprimorando nossa técnica e ganhando habilidade. O restante da etapa transcorreu sem incidentes, com percursos rápidos a 140 km/h e travessias de dunas até chegar à linha de chegada. Foi uma etapa longa, 478 km, difícil, mas também rápida e muito divertida, com muita navegação nas dunas. As dunas de hoje, comparadas à areia de ontem, foram, nas palavras de um grande sábio e amigo de Dakar, muito mais eróticas do que as do dia anterior. Teremos que explorar mais esse tópico do erotismo das dunas. No final, mais 180 km de ligação à capital do país. A anedota do dia foi que, apenas 200 m. No posto de gasolina, nosso Iveco parou por falta de combustível.

Ele consumiu 800 litros de diesel para percorrer 477 quilômetros de trecho cronometrado, 100% de areia e 70 km de estrada. O narrador foi até o posto de gasolina, comprou duas garrafas de água de 20 litros, esvaziou-as e encheu-as com diesel. Por sorte, alguns conterrâneos apareceram para aproveitar o período de descanso e me acompanharam de volta ao caminhão. Quando cheguei, Marc já tinha ligado o Iveco porque um concorrente holandês, De Groot, nos emprestou uma lata de 20 litros de diesel. Sem mais delongas, entramos no acampamento. Amanhã é um merecido período de descanso.